domingo, 27 de junho de 2010

Filho ajuizado


Fui ao Bosque da Barra na expectativa de relaxar um pouco. Um local bonito, arborizado, com alguns animais era o ambiente perfeito que eu necessitava.
As crianças subiam nas árvores, brincavam no balanço, na gangorra e jogavam coisas na água. Algumas galinhas apareceram e as crianças corriam atrás delas. Quando eu era criança também corri muitas vezes atrás de galinhas, era emocionante. E os pais tiravam fotos daquelas aventuras infantis.
Conheci uma mulher que se chamava Ana e que tinha levado sua filha para o bosque. Ela era de descendência portuguesa, havia morado muito tempo em Maputo e após ter se casado mudou-se para Paris. O marido dela veio ao Brasil a negócios. Mostrei as fotos de Moçambique e de Lisboa, ela ficou emocionada porque sentia saudades da África e nunca imaginaria que conheceria alguém no Brasil que tivesse visitado sua terra natal. O Bosque ia fechar os portões e nos dirigimos para a saída. Durante o percurso começamos uma longa conversa. Ana perguntou qual era o meu trabalho. Eu respondi que trabalhava para ajudar as pessoas a se relacionarem corretamente com Deus segundo os princípios bíblicos. Perguntei se ela possuía uma bíblia e qual o entendimento que ela tinha de Deus. Ela disse que fora criada no catolicismo e que costumava orar todos os dias em seu quarto e que também lia a bíblia. Ana acrescentou que tinha problema com a igreja, que não queria ser influenciada espiritualmente pelo ser humano, mas por Deus. Eu disse que ela estava correta, que já se relacionava com Deus, mas que precisava convidar Jesus para entrar em seu coração. Uma coisa é saber da existência e presença de Deus, outra coisa é tê-lo dentro do nosso coração, eu falei. Acrescentei que o mais importante é a nossa intimidade com Ele. Dei o exemplo de uma visita a casa dela. Perguntei: o que aconteceria se você me atendesse da janela? Qual seria o procedimento correto após ouvir que eu estava batendo?
Ela disse: abrir a porta e convidar você para entrar. Exatamente!, exclamei.
Da mesma forma é na sua relação com Deus, você precisa convidá-lo para entrar em sua casa. Você gostaria de fazer isso? Ela respondeu que sim, mas ficou um pouco confusa sem saber como e quando. Então eu disse: convide agora, aqui mesmo. Ana concordou. Já estava escurecendo, estávamos no portão de saída do Bosque da Barra. Ana fechou os olhos segurando o carrinho com sua filha, repetiu uma oração convidando Jesus Cristo para entrar em seu coração. Naquele momento ela entregou sua vida para que Ele fosse o seu Senhor e Salvador.
Fiquei emocionado e disse para ela: sabe, Ana, pode ser que nós nunca mais venhamos a nos ver novamente, mas o que é mais importante de tudo isso é que você se relacione com Deus corretamente através de Jesus Cristo, a partir de agora você se tornou filha de Deus, busque conhecê-lo mais.
Por diversas vezes eu vou a alguns lugares com uma finalidade e Deus decide alcançar alguém através de mim.  Isso é muito lindo! Deus quer nos usar naquilo que Ele está fazendo na vida das pessoas, precisamos simplesmente de disponibilidade e sensibilidade espiritual.
“O que ajunta no verão é filho ajuizado, mas o que dorme na sega é filho que envergonha.” (PV 10.5)
Que tipo de filho nós temos sido?

3 comentários:

Drica Marreco disse...

Lindo testemunho Pierre!
Q Deus fortaleça dia a pos dia a vida da ana =)
Que Deus te abençoe!
bjs

Missões Urbanas disse...

Muito obrigado por sua participação neste Blog.

Cido disse...

Cara, mt linda essa experiência! Que Deus continue te usando, e que os seus frutos permaneçam!!